"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo".
José Ortega y Gasset

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Livro trata Desastres Socioambientais em Santa Catarina com olhar da História Ambiental

O grupo foi presenteado com a obra Desastres Socioambientais em Santa Catarina, livro lançado ontem no evento nacional da ANPUH, e que engrandece a discussão e pesquisas desenvolvidas aqui em Blumenau e em todo o Estado. Contendo análises históricas de episódios de desastre socioambientais: enchentes, deslizamentos, furacões e as degradações ambientais que ocorreram em Ilhota, Blumenau, Rio do Sul, Palhoça, Florianópolis, Major Gercino, Sombrio e Oeste Catarinense. Agradecemos aos colegas que organizaram a obra e que pessoalmente nos concederam um exemplar para a biblioteca do GPHAVI: Eunice Sulei Nodari, Alfredo Ricardo Silva Lopes e a distância o colega Marcos Aurélio Espíndola.
Saiba mais em: http://editoraoikos.com.br/obra/index/id/604


quarta-feira, 29 de julho de 2015

Pesquisa de IC e de TCC do historiador Nicollas Voss Reis é apresentado no Encontro Nacional de História em Floripa

O historiador Nicollas Voss Reis apresentou na ANPUH seu TCC, trabalho desenvolvido a partir de seu projeto de Iniciação Científica (PIPe Art.170), com orientação de Martin Stabel Garrote, no Simpósio Temático História Ambiental: espaço, território e natureza, coordenado pelos historiadores Dr. Haruf Salmen Espíndola (UNIVALE) e Dr Marcos Gerhardt (UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO).
O trabalho com o título: MEMÓRIAS DA OCUPAÇÃO NA COMUNIDADE DA RUA ARARANGUÁ (BLUMENAU/SC) E SUA RELAÇÃO COM O DESASTRE SOCIOAMBIENTAL OCORRIDO NO ANO DE 2008 concentra-se em investigar a história e os conflitos ambientais presentes nas memórias dos moradores da comunidade da Rua Araranguá, um dos perímetros mais atingidos do município.
Através do viés da História Ambiental e uso da História Oral buscamos evidenciar a relação entre o processo de ocupação da área com as altas precipitações pluviométricas. Foram analisadas fontes documentais, acadêmicas, bibliografias, e entrevistas sobre o desastre socioambiental, e a memória ambiental dos habitantes que vivenciaram a história. A proposta contribui para os avanços dos estudos dos desastres no Vale do Itajaí, que mesmo tão frequentes, são pouco debatidos pelos historiadores da região. O resultado do estudo apresenta dados que poderão servir de contribuição para estudos em outras áreas do conhecimento, assim como o que se levantou com as entrevistas poderão proporcionar análises para elaboração de novos projetos ou políticas públicas para o melhor desenvolvimento da região.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Chamada: Escola de Pós-graduação "História Ambiental da América Latina".

A SOLCHA - Sociedade Latino Americana e Caribenha de História Ambiental, em parceria com o LHAG - Laboratório de História Ambiental e Gênero - UNICENTRO, e o LABIMHA - Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental da UFSC estarão realizando a Segunda Escola de Pós-Graduação "História Ambiental da América Latina", em Guarapuava, Paraná, Brasil, entre 23 e 27 de novembro de 2015. As inscrições vão até dia 15 de agosto.  

Para saber mais acesse aqui. Ou envie um e-mail para 2escolasolcha@gmail.com

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Curiosidades da História Ambiental na Antiguidade

O Nilômetro e o cálculo de impostos no Antigo Egito

Por Kahina  Thirsa Hostins

(Estudante de História, bolsista PIPe Ar. 170 - E-mail)



O Nilômetro foi um recurso utilizado durante a história do Antigo Egito. Consistia de um poço  largo, com uma escada interna que descia até o lençol freático, construído de pedra, em vários pontos ao longo do Nilo. Por meio desse poço, era possível verificar, as flutuações das águas e medir o nível da cheia que estava por vir, e consequentemente, possibilitava o cálculo sobre a extensão de terras a ser alagada pelo rio em sua cheia.
As enchentes do Vale do Nilo ocorriam anualmente entre os meses de julho a outubro e organizavam o calendário agrícola da população. Era por meio da água e do húmus carregado pelo rio Nilo e depositado nas terras às suas margens durante sua enchente, que a terra se tornava fértil e agriculturável. As enchentes do rio eram vistas pelos egípcios como a vinda do deus Hapy, divindade que trazia a fertilidade às “duas terras”.
Mas nem tudo era benéfico em relação às cheias do rio Nilo, se a enchente fosse pequena, a faixa de terras irrigadas seria menor, as colheitas seriam menos ricas, e portanto, poderia seguir-se de um período de fome e  desestabilizatividade. Caso a enchente fosse muito forte, poderia prejudicar as construções como diques, barragens e canais, bem como a faixa de terra irrigada poderia se estender além do costumeiro. Numa cheia muito grande, a água também levaria mais tempo para escoar, o que diminuiria o tempo para o preparo da terra e o plantio.
Assim, o uso do Nilômetro, para medição no nível de flutuações do lençol freático, no inicio do período de inundações, se fazia necessário para que as medidas necessárias de prevenção pudessem ser tomadas.
Além da prevenção, saber o nível da enchente anual poderia ajudar a calcular a qualidade da colheita, possibilitando então calcular, ano a ano, o valor dos impostos, em provisões, que a população deveria pagar ao reino. Como afirmaram Barigelli, Maggini e Sacripanti, “É notável que em uma época tão antiga se tenha estabelecido um único sistema de medição de modo preciso e válido em uma área tão vasta; mas, como eu disse, a importância dessas medições era crucial para a própria sobrevivência do Estado, bem como de seus habitantes, e foi por isso necessária para poder comunicar e interpretar de modo único os dados em diferentes pontos do país”.
Dentre os Nilômetros que existem ainda hoje, há vestígios arqueológicos que remontam, dos mais antigos, do período pré-dinástico, anterior a unificação do reino egípcio, mais de 3000 anos antes da era cristã, e os mais recentes, que estavam ainda em uso durante a conquista árabe, no primeiro milênio desta era.
 
Referências:


BARIGELLI; MAGGINI; SACRIPANTI. Alcune osservazioni sulla costituzione dei gruppi dei dati nell’analisi R/S delle serie storiche. Dipartimento Scienze Sociali “Donatello Serrani” - Facoltà di Economia “Giorgio Fuà” - P.le Martelli, 8, Ancona, n° 20, 227. Disponível em: http://www.finanzaonline.com/forum/attachments/econometria-e-modelli-di-trading-operativo/1134506d1254169834-coefficiente-di-hurst-aiuto-dai-quantitativi-del-fol-1250.pdf. Acesso em: 07 jun 2015.


VIOLLET, Pierre-Louis. Water engineering in ancient civilizations: 5,000 years of history. CRC Press: New York, 2007, 334 p.


sexta-feira, 3 de julho de 2015

III JORNADA GAÚCHA DE HISTÓRIA AMBIENTAL

Ocorrerá entre 26 e 28 de agosto a III Jornada Gaúcha de História Ambiental. O evento é coordenado pelo Grupo de Trabalho Pesquisa e Extensão em História Ambiental e Programa de Pós-Graduação em História FURG. Conforme os organizadores, a terceira edição apresenta a modalidade de Banners inserida junto as Palestras e Simpósio Temáticos, e está agendado visita ao Ecomuseu da Picada para observar a exposição Imagens e percursos do ambiente rio-grandino. Acesse o site do evento